STRAUSS, Levi;. O feiticeiro e sua magia.
Insere-se no campo do estudo de casos e analise
antropológica.
Aborda como se davam rituais xamanicos, o papel do
feiticeiro, da comunidade e do doente juntamente com os símbolos que cercam o
ritual de cura.

O FEITICEIRO E SUA MAGIA
O texto aborda os mecanismos pisco fisiológicos, o
inconsciente e consciente do doente no papel da cura, quando persuadido as
tradições do grupo.
Com a doença o individuo experimenta juntamente uma espécie
de condenação por parte do grupo como moribundo. O organismo do individuo reage
de maneira a frequentemente recusar comida e bebida, dentre outras
transformações observadas pela medicina e psicologia em situações pós
traumáticas.
Surge então a figura do feiticeiro. O grupo ao qual o
individuo pertence acredita piamente em seu xamã e em suas técnicas e espera
que após a intervenção xamanica o doente seja finalmente curado.
Em seguida o autor faz uso do estudo de relatos envolvendo
os Zuni do Novo México onde um rapaz foi acusado de feitiçaria após tocar em
uma moça e ela ter uma crise epilética, e como esse rapaz se sai da situação
dentro de um tribunal imposto pela tribo para investigar o caso.

O grupo se
sente confortado após a situação esclarecida pelo rapaz através de ricas
historias míticas a respeito de sua família e u;ma pena mágica no interior de
uma parede da casa. Após algumas paredes derrubadas encontram uma pena no meio
do barro. A tribo se sente confortada com a satisfação de justiça. O rapaz
assim escapa de ser executado, e garante a todos sua coerência mental. Trabalha
assim o personagem que lhe impuseram, e se mostra inocente detentor de poderes
mágicos, com a pena destruída ele já não é mais uma ameaça a tribo.
O xãma autorizado pelo grupo dispõe de qualidades teatrais
para convencer de sua cura. Epassa por um treinamento, o relato de Quesalid, de
Vancouver no Canadá, mostra que o feiticeiro passou por uma preparação de
quatro anos antes de exercer a função. E ao se encontrar com outros feiticeiros
viu uma diferença significativa no emprego dos métodos de cura, onde
aparentemente o mais surpreendente: do verme ensangüentado, parecia também mais
eficaz. Nenhum dos métodos parece adequado a cura mas levam o caráter
experimental. E o segredo do xamã quanto ao seu método é importante para manter
a aura de misticismo.
A cura se da na crença que estes estados patológicos têm uma
causa que pode ser atingida, e o feiticeiro cumpre o papel de passar a todos um
sistema de interpretação junto com a inversão pessoal para ordenar a situação
diagnosticando e curando.

O doente geralmente experimenta um estado psicossomático, e
experimenta a cura assim como o público participa dala.
Esses elementos estão de maneira indissociável com a pratica
do xamanismo.
O consenso social da cura é fundamental, o individuo se
adapta as exigências do grupo, como também, é fundamental para que o individuo
reafirme sua crença e entre no processo de cura. Onde também se coloca o papel
afetivo da pratica, e cada um desempenha um papel no ritual.
´´A cura põe em relação esses polos opostos, assegura a
passagem de um a outro, e manifesta, numa experiência total a coerência do
universo psíquico, ele próprio é a projeção do universo social.`` (pp. 200)
Para o grupo não é a cura real que importa e sim o mito que
a fomenta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário