Universidade Federal do Sul da Bahia

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domingo, 8 de maio de 2016

Fichamento

 Tylor


Edward Burnett Tylor nasceu em 2 de outubro 1932 na Inglaterra, filho de uma família próspera quacre londrina dona de uma fundição de bronze na qual aos 16 anos começou a trabalhar.
   Considerado por muitos, pai da Antropologia natural por ter sido o primeiro a definir formalmente cultura em seu livro mais importante: Primitive Culture: Pesquisa sobre o desenvolvimento da mitologia, filosofia, religião, linguagem, arte e costume, publicado em 1971.


Frase celebre: “Cultura ou civilização, tomada em seu mais amplo sentido etnográfico, é aquele todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, costumes e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem na condição de membro da sociedade”.

1856 - Viagem aos EUA e Cuba

1856 - México com Henry Christy que conheceu em Havana.

1871 - Nomeação como Fellow da Royal Socie-ty.

1874 – Autoria de 18 seções do livro Notas e indagações sobre antropologia, escrito por um comitê criado em 1872 pela Sociedade Britânica para o        Progresso da Ciência.Estas seções refletiam os temas principais de Cultura Primitiva.

1881 – Tylor publica pequeno manual sobre a disciplina muito difundido: Antropologia: uma introdução ao estudo do homem e da civilização.

1883 – Torna-se conservador do museu da Universidade de Oxford, após reformas universitárias na Grã-Bretanha.

1884 – Foi o primeiro presidente da recém-criada Seção Antropológica da BAAS. Duas vezes presidente do Royal Anthropological Institute e primeiro leitor de Antropologia de Oxford e Grã-Bretanha.

1896 – Chegou ao grau mais elevado da vida acadêmica britânica, Publicando nesse período apenas um trabalho antropológico importante: Sobre um método de investigar, o desenvolvimento das instituições, aplicado às leis de casamento e descendência.


1909 – Aposenta-se com título de professor emérito.

1912 – Torna-se Sir.

1917 – Morte.

   No início do texto, Tylor especifica que seu estudo e investigação, são relacionadas a tribos “inferiores” comparadas com as nações mais elevadas. O evolucionismo é de caráter extremamente etnocêntrico, e usa do método comparativo da inferioridade. Na perspectiva legisladora de Tylor todo o universo está determinado por leis, e também sujeito a elas estão os pensamentos humanos, bem como a ação humana. Para ele as partes seriam explicadas pelo todo; ele nega a subjetividade.
   Ele faz das diferenças encontradas relevantes; afirma que o pensamento primitivo é tão racional quanto o do ser humano civilizado, embora reitere a posição de que aquele é mais ignorante do que este.

   As semelhanças gerais da natureza humana e as semelhanças gerais das circunstâncias da vida servem como base no estudo comparativo de raças próximas ou distantes geograficamente, mas que se encontrava em um mesmo grau de civilização. É notório que nesse método comparativo, as diferenças que muitas vezes revelam semelhanças são descartadas.
   Tylor explana que cultura não é uma coisa específica de determinada tribo ou nação, mas sim todo o conhecimento, crença, arte, moral, lei, costumes e entre outros, analisados de acordo com o nível de civilização a que pertencem. A generalização desses povos serve para classificar as culturas como mais ou menos primitivas. Ele experiência do estudante o leva após algum tempo, a considerar que os fenômenos culturais surjam repetidamente no mundo.
   Notamos que alguns costumes antigos que permanecem vivos na modernidade pode explicar a existência de uma transição da sociedade, bem como sua evolução no tempo. Esses aspectos culturais que ainda permanecem vivos e firmes diante dos avanços tecnológicos são reconhecidos como “sobrevivências culturais” de um período étnico que pode ter sido fundado na selvageria ou na barbárie no curso do desenvolvimento histórico. Talvez um dos principais pontos de partida da pesquisa etnográfica. As sobrevivências culturais são dos mais variados exemplos como ditados populares, crenças, jogos, costumes, superstições entre outros.
   Segundo Tylor, a etnografia deve estudar as qualidades gerais de corpos organizados de homens de maneira racional. Se o particular for considerado, impedirá de entender o todo. Esta frase demonstra o caráter etnocêntrico dos evolucionistas que veem o aspecto individual como inadequado para compreensão do todo, quando na verdade é preciso somar as diferenças para assim ter um resultado completo.
   A época em que Tylor escreve é um período onde os etnógrafos conseguiam dados basicamente se valendo dos registros dos viajantes e de missionários, mas sempre levando em alta conta a preocupação com a veracidade dos dados colhidos e passa a discutir como aceitar a validade dos relatos feitos por esses indivíduos. Pensando numa solução resolveu hierarquizar os coletores desses dados, levando em conta que um ministro metodista teria mais credibilidade que um foragido da lei, colocando em prática seus juízos de valor que tem todo etnógrafo para melhor julgamento quanto à fidediginidade dos dados de diversos autores confirmando cada ponto de diferentes localidades.
   Os episódios recorrentes dos fatos relatados em culturas similares são usados como válidos, dignos de autenticidade.



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