Universidade Federal do Sul da Bahia

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domingo, 8 de maio de 2016

Fichamento




“O Ramo de Ouro- James Frazer” 

Introdução de Mary Douglas

- Contexto: No século XIX a atenção popular voltou-se para os antropólogos, cujo trabalho naquele momento, consistia em dar sentido e compreender os pensamentos arcaicos, as crenças, lendas, religiões, mitologias, etc.

- James Frazer (antropólogo social, folclorista e mitólogo nascido em Glasgow (1856), estudioso da evolução histórica do pensamento humano, através do estudo comparativo do folclore, da mitologia e das religiões, correlacionando a influência da magia e o misticismo sobre a evolução da mente humana. De acordo com sua tese, a mente humana evoluiu do estado mágico ao religioso, e posteriormente, ao científico).
- Tinha gosto pela leitura sobre religiões exóticas; o intrigavam as lendas dos deuses gregos, inescrupulosos e lascivos.

- Em sua obra “O Ramo de Ouro” Frazer tem como objetivo descobrir a unidade original do pensamento religioso, desde o culto primitivo dos arianos.
- “A ambição profunda de O ramo de ouro é colocar todas as doutrinas sacrificiais do cristianismo, e com elas, as doutrinas da Encarnação, da Imaculada Conceição e da Ressureição, sob a mesma perspectiva da adoração totêmica, lado a lado com as luxuriosas excentricidades do panteão grego e com as carcaças queimadas ou ensanguentadas dos antigos altares dos israelitas.”
- “As principais críticas modernas são, primeiro, que Frazer era intoleravelmente arrogante em relação à mentalidade primitiva e, segundo, que tratou superficialmente de assuntos profundos.”
- “Os contemporâneos de Frazer achavam, sem dúvida, que a idade da religião dogmática e da superstição estava chegando ao fim. As críticas de superficialidade e arrogância aplicam-se apenas se retirarmos Frazer do contexto de sua época.”

Parte 6. O bode expiatório

- “Princípio primitivo da transferência de males para outra pessoa, animal ou coisa”.

- “O selvagem imagina ser  possível transferir o peso de suas dores e penas para outra pessoa, que arcará com o sofrimento em seu lugar. O selvagem age de acordo com essa ideia, e o resultado é um número interminável de recursos pouco amistosos para lançar sobre os ombros de alguma outra pessoa o peso que não se está disposto a carregar.”
- “Os esforços dos povos primitivos para se livrarem de todos os seus problemas de uma só vez tomam, geralmente, a forma de uma grande caçada e expulsão dos demônios ou espíritos que, segundo acreditam, são as causas de todas as aflições. Eles acham que, se puderem deitar fora esses seus malditos atormentadores, poderão recomeçar a vida, felizes e inocentes.”
- “A expulsão imediata e a expulsão mediata do mal têm a mesma intenção, ou seja, quer sejam os males considerados como invisíveis, quer estejam materializados numa forma física, essa é uma circunstância totalmente subordinada ao objetivo principal da cerimónia, que é simplesmente obter a eliminação total de todos os males que assolam um povo.”
- “Antes de entrar num novo ano, as pessoas se preocupam em eliminar os problemas que foram motivo de preocupação no passado; é por isso que em tantas comunidades o início do novo ano é marcado por uma expulsão solene e pública dos espíritos malignos.”

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