Fichamento
O LIVRO SEXO E COMPORTAMENTO (INTRODUÇÃO E CAPÍTULOS 2 E 8)
MARGARET MEAD
Nasceu em 1901 nos Estados Unidos,
foi casada três vezes e teve dois casos com mulheres. Em uma sociedade
conservadora, Mead esteve marcada por uma vida “escandalosa”. Fugiu de todos os
padrões ao se tornar uma Antropóloga e realizar estudos de campo (aos 22 anos
foi para a Samoa Americana, no Pacífico Sul), onde despertou curiosidades e
críticas sobre a ausência de um marido em sua vida. Teve dois relacionamentos
com mulheres.

Margaret Mead morreu em 1978 aos 77
anos.
INTRODUÇÃO E CAPÍTULOS 2 E 8
- · Ela estudou três tribos primitivas: Arapesh, Mundugumor e Tchambuli;
- · QUESTÃO: “Seriam as diferenças entre o homem e a mulher meramente biológicas?”;
- · Arapesh: temperamento pacífico; Mundugumor: atitude guerreira, agressivos; Tchambuli: homens passavam a maior parte do tempo a ornamentarem-se para ficarem bonitos, perdendo tempo com futilidades, enquanto as mulheres trabalhavam arduamente e eram práticas.
- · Mais do que a biologia, é a cultura que molda o comportamento das pessoas em sociedades.
- · “o ideal Arapesh é o homem dócil e suscetível, casado com uma mulher dócil e suscetível; o ideal Mundugumor é o homem violento e agressivo, casado com uma mulher também violenta e agressiva”, enquanto, entre os Tchambuli, é “a mulher é o parceiro dirigente, dominador e impessoal, e o homem a pessoa menos responsáel e emocionalmente dependente”.
- · “Para os Arapesh, o mundo é uma plantação que deve ser lavrada, não por si mesmo, não no orgulho e jactância, não para a acumulação e a usura, mas para que os inhames e os cachorros, os porcos, e, acima de tudo, as crianças possam crescer. Ausência de conflito entre velhos e jovens, a falta de qualquer expectativa de ciúme ou inveja, a ênfase na cooperação”. (pág.142).
- · “A admissão Arapesh de que a natureza humana é boa e inteiramente desejável, sua incompreensão para o fato de existirem muitos impulsos humanos que são definitivamente antissociais e destrutivos, possibilita o florescimento em seu meio de indivíduos extravagantes”. (pág. 147)
- · “O homem ideal para os Arepesh é o que nunca prova brigas, mas que, se provocado, irá defender-se, dará tanto quanto receber e não mais, restabelecendo o equilíbrio perdido”. (pág.157).
- · “De fato, a sociedade não dá margem à violência, mas não lhe concede significado. Não havendo lugar para a guerra, para uma forte liderança, para façanhas de bravura e de força, estes homens se veem tratados quase como loucos”. (pág. 159).
- · “Os Arapesh dizem de um homem mau: Se sua esposa for uma boa mulher, lhe abandonará. Não consideram virtude permanecer fiel a alguém cuja conduta o tenha alienado a sociedade”. (pág. 160).
- · “Insistindo em admitir que todas as pessoas são boas e brandas, que homens e mulheres, de igual maneira não tem impulsos sexuais fortes ou agressivos, que ninguém tem outras finalidades a não ser criar inhames e crianças, os Arapesh tornaram impossível a formulação de regras para controlar apropriadamente aqueles cujos temperamentos não se conformam com ao ideal aceito”. (pág. 162).v
- · “Se aquelas atitudes temperamentais que tradicionalmente reputamos femininas – tais como passividade, suscetibilidade e disposição de acalentar crianças – podem tão facilmente ser erigidas como padrão masculino numa tribo, e na outra ser prescritas para a maioria das mulheres, assim como para a maioria dos homens, não nos resta mais a menor base para considerar tais aspectos de comportamento como ligados ao sexo. E esta conclusão torna-se ainda mais forte quando observamos a verdadeira inversão entre os Tchambuli, da posição de dominância dos dois sexos, a despeito da existência de instituições patrilineares formais”.
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