Universidade Federal do Sul da Bahia

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domingo, 8 de maio de 2016

Fichamento

O LIVRO SEXO E COMPORTAMENTO (INTRODUÇÃO E CAPÍTULOS 2 E 8)


MARGARET MEAD


Nasceu em 1901 nos Estados Unidos, foi casada três vezes e teve dois casos com mulheres. Em uma sociedade conservadora, Mead esteve marcada por uma vida “escandalosa”. Fugiu de todos os padrões ao se tornar uma Antropóloga e realizar estudos de campo (aos 22 anos foi para a Samoa Americana, no Pacífico Sul), onde despertou curiosidades e críticas sobre a ausência de um marido em sua vida. Teve dois relacionamentos com mulheres.
Margaret Mead estudou sobre o comportamento das mulheres e em seu livro “Sexo e Temperamento” analisou o fato das diferenças entre homens e mulheres não serem meramente biológicas através de estudos de três culturas diferentes, assim como também analisou o comportamento angustiante dos adolescentes descrita no livro “Adolescência, sexo e cultura em Samoa”.  É considerada a pioneira ao propor que as características masculinas e femininas refletiam as influências culturais e sociais, não se limitando às diferenças biológicas e também a mais famosa antropóloga de todos os tempos. Com seu trabalho, influenciou fortemente o feminismo gerando argumentos sólidos.
Margaret Mead morreu em 1978 aos 77 anos.



INTRODUÇÃO E CAPÍTULOS 2 E 8


  • ·         Ela estudou três tribos primitivas: Arapesh, Mundugumor e Tchambuli;
  • ·         QUESTÃO: “Seriam as diferenças entre o homem e a mulher meramente biológicas?”;
  • ·         Arapesh: temperamento pacífico; Mundugumor: atitude guerreira, agressivos; Tchambuli: homens passavam a maior parte do tempo a ornamentarem-se para ficarem bonitos, perdendo tempo com futilidades, enquanto as mulheres trabalhavam arduamente e eram práticas.
  • ·         Mais do que a biologia, é a cultura que molda o comportamento das pessoas em sociedades.
  • ·         “o ideal Arapesh é o homem dócil e suscetível, casado com uma mulher dócil e suscetível; o ideal Mundugumor é o homem violento e agressivo, casado com uma mulher também violenta e agressiva”, enquanto, entre os Tchambuli, é “a mulher é o parceiro dirigente, dominador e impessoal, e o homem a pessoa menos responsáel e emocionalmente dependente”.
  • ·         “Para os Arapesh, o mundo é uma plantação que deve ser lavrada, não por si mesmo, não no orgulho e jactância, não para a acumulação e a usura, mas para que os inhames e os cachorros, os porcos, e, acima de tudo, as crianças possam crescer. Ausência de conflito entre velhos e jovens, a falta de qualquer expectativa de ciúme ou inveja, a ênfase na cooperação”.  (pág.142).
  • ·         “A admissão Arapesh de que a natureza humana é boa e inteiramente desejável, sua incompreensão para o fato de existirem muitos impulsos humanos que são definitivamente antissociais e destrutivos, possibilita o florescimento em seu meio de indivíduos extravagantes”. (pág. 147)
  • ·         “O homem ideal para os Arepesh é o que nunca prova brigas, mas que, se provocado, irá defender-se, dará tanto quanto receber e não mais, restabelecendo o equilíbrio perdido”. (pág.157).
  • ·         “De fato, a sociedade não dá margem à violência, mas não lhe concede significado. Não havendo lugar para a guerra, para uma forte liderança, para façanhas de bravura e de força, estes homens se veem tratados quase como loucos”. (pág. 159).
  • ·         “Os Arapesh dizem de um homem mau: Se sua esposa for uma boa mulher, lhe abandonará. Não consideram virtude permanecer fiel a alguém cuja conduta o tenha alienado a sociedade”. (pág. 160).
  • ·         “Insistindo em admitir que todas as pessoas são boas e brandas, que homens e mulheres, de igual maneira não tem impulsos sexuais fortes ou agressivos, que ninguém tem outras finalidades a não ser criar inhames e crianças, os Arapesh tornaram impossível a formulação de regras para controlar apropriadamente aqueles cujos temperamentos não se conformam com ao ideal aceito”. (pág. 162).v
  • ·           “Se aquelas atitudes temperamentais que tradicionalmente reputamos femininas – tais como passividade, suscetibilidade e disposição de acalentar crianças – podem tão facilmente ser erigidas como padrão masculino numa tribo, e na outra ser prescritas para a maioria das mulheres, assim como para a maioria dos homens, não nos resta mais a menor base para considerar tais aspectos de comportamento como ligados ao sexo. E esta conclusão torna-se ainda mais forte quando observamos a verdadeira inversão entre os Tchambuli, da posição de dominância dos dois sexos, a despeito da existência de instituições patrilineares formais”.

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