Fichamento
Livro: Evolucionismo
Cutural
Texto: A sociedade antiga
Autor: Lewis Henry Morgan
Morgan é considerado um dos três
pais fundadores da Antropologia jutamente com Tylor e Frazer. Morgan nasceu nos
Estados Unidos em 1818, filho de um proprietário rural do estado de Nova York
que chegou a ser eleito senador estadual. Estudou direito, formando-se em 1842.
Na faculdade, participou de uma associação de estudantes conhecida como Ordem
do Nó Górdio,
dedicada principalmente a
estudos clássicos. Por sugestão de Morgan, a associação mudou seu
nome para Grande Ordem dos
Iroqueses, numa alusão aos índios desse grupo que viviam nas redondezas.
No final de 1844, Morgan mudou-se para
Rochester, onde abriu um escritório de advocacia. Nesse mesmo ano, durante uma
visita a Albany, conheceu casualmente, numa livraria, um índio, filho de um chefe
iroquês da tribo dos Seneca, batizado com o nome cristão de Ely Parker. Ele
convidou Morgan a encontrar-se naquela mesma noite com alguns chefes de sua
tribo, hospedados num hotel da cidade.
Com seu novo conhecido
atuando como intérprete, Morgan retornou nas duas noites seguintes, fazendo
perguntas e anotando as respostas. Os nativos explicaram como a Confederação
Iroquesa estava organizada, sua estrutura de tribos e clãs, e ensinaram
palavras de sua língua. Para quem gosta de mitos de origem, esses encontros
podem ser vistos como o momento de nascimento da antropologia norte-americana.
Encorajados por Parker, Morgan e seus
colegas fizeram visitas às reservas indígenas. Numa delas, em outubro de 1846,
Morgan foi adotado como guerreiro Seneca do clã do Falcão, com a restrição de
não poder acompanhar os rituais mais secretos. Pouco depois a Grande Ordem foi
se dissolvendo, devido em grande parte ao fato de que seus
"guerreiros" foram tendo que ganhar a vida e ocupar-se mais de outros
negócios. Mas o interesse de Morgan continuou, e ele logo tornou-se
inquestionavelmente o maior especialista americano nos Iroqueses, passando a
escrever vários artigos.
Foi também o responsável
por montar uma coleção de objetos indígenas para o New York Museum.
Em
1851, Morgan consolidou o que aprendera sobre os Iroqueses em The League oftbe Ho-déno-sau-nee, orlroquois
[A Liga dos Ho-dé-no-sau-nee, ou Iroqueses], O livro foi dedicado a Parker,
apresentado como um "pesquisador associado". Morgan dizia que o objetivo
do livro era "encorajar um sentimento mais bondoso em relação aos índios,
baseado num conhecimento mais verdadeiro de suas instituições civis e
domésticas, e de suas capacidades de futura elevação."3 Para dar maior
credibilidade ao seu testemunho, Morgan invocava a autoridade de quem manteve
"relações freqüentes" com os iroqueses e o fato de ter sido
"adotado" por eles. Nos anos seguintes, Morgan fez fortuna como
advogado de empresas de estradas de Homem Seneca ferro de mineração.
Morgan morreu no final de 1881, pouco após
completar anos e ver publicado seu último livro, Houses and House-Life of tbe American Aborigines [Casas e vida
doméstica dos aborígines americanos].
Fichamento do texto:
- Sabemos que a humanidade
existiu na Europa durante o período glacial, e até mesmo antes do seu começo,
havendo toda a probabilidade de ter sido originada numa era geológica anterior;
- Como a provável extenção
da carreira da humanidade está ligada a períodos geológicos, exclui-se, de
antemão, qualquer medida limitada de tempo. A existência da humanidade
estende-se pelo passado imensurável e se perde numa vasta e profunda
antiguidade;
- A selvageria precedeu a
barbárie em todas as tribos da humanidade, assim como se sabe que a barbárie
precedeu a civilização;
-
De um lado temos as invenções e descobertas e de outro, as
instituições sociais e civis. Essas quando organizadas e comparadas, tendem a
mostrar a origem única da humanidade, a semelhança de desejos humanos em um
mesmo estágio de avanço e a uniformidade das operações da mente humana em
condições similares de spciedade;
- Toda sociedade passa por
três períodos: o período da selvageria, o período da barbárie e o período da
civilização;
- A humanidade começou sua
carreira na base da escala e seguiu um caminho ascendente, desde a selvageria
até a civilização. Essas três distintas condições estão ligadas umas as outras
numa sequência de progresso;
- Os fatos indicam a
formação gradual e o desenvolvimento subsequente de certas ideias, paixões e
aspirações. Além das invenções e descobertas, essas ideias são a subsistência,
governo, linguagem, família, religião, vida domestica e arquitetura e
propriedade;
- Segue uma tabela que
define as caracterpisticas de cada período:
|
I. Período inicial
de selvageria
|
Status inferior de
selvageria
|
Da infância da raça
humana
até o começo do próximo
período.
|
|
II. Período
intermediário de
selvageria
|
Status
intermediário de
selvageria
|
Da aquisição de uma
dieta
de subsistência à base
de
peixes e de um
conhecimento do uso do
fogo até etc.
|
|
III. Período
final de
selvageria
|
Status superior
de selvageria
|
Da invenção do
arco-eflecha
até etc.
|
|
IV. Período
inicial de barbárie
|
Status inferior de
barbárie
|
Da invenção da arte da
cerâmica até etc.
|
|
V. Período
intermediário de
barbárie
|
Status
intermediário de
barbárie
|
Da domesticação de
animais
no hemisfério oriental
e, no
ocidental, do cultivo
irrigado
de milho e plantas, com
o uso
de tijolos de adobe e
pedras,
até etc.
|
|
VI. Período
final de barbárie
|
Status superior
de barbárie
|
Da invenção do processo
de
fundir minério de ferro,
com o uso de ferramentas
de ferro, até etc.
|
|
VII. Status de
civilização
|
Status de
civilização
|
Da invenção do alfabeto
fonético, com o uso da
escrita, até o tempo
presente.
|


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