Universidade Federal do Sul da Bahia

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domingo, 8 de maio de 2016

Fichamento


Livro: Evolucionismo Cutural
Texto: A sociedade antiga

Autor: Lewis Henry Morgan

     Morgan é considerado um dos três pais fundadores da Antropologia jutamente com Tylor e Frazer. Morgan nasceu nos Estados Unidos em 1818, filho de um proprietário rural do estado de Nova York que chegou a ser eleito senador estadual. Estudou direito, formando-se em 1842. Na faculdade, participou de uma associação de estudantes conhecida como Ordem do Nó Górdio,
dedicada principalmente a estudos clássicos. Por sugestão de Morgan, a associação mudou seu
nome para Grande Ordem dos Iroqueses, numa alusão aos índios desse grupo que viviam nas redondezas.
     No final de 1844, Morgan mudou-se para Rochester, onde abriu um escritório de advocacia. Nesse mesmo ano, durante uma visita a Albany, conheceu casualmente, numa livraria, um índio, filho de um chefe iroquês da tribo dos Seneca, batizado com o nome cristão de Ely Parker. Ele convidou Morgan a encontrar-se naquela mesma noite com alguns chefes de sua tribo, hospedados num hotel da cidade.
Com seu novo conhecido atuando como intérprete, Morgan retornou nas duas noites seguintes, fazendo perguntas e anotando as respostas. Os nativos explicaram como a Confederação Iroquesa estava organizada, sua estrutura de tribos e clãs, e ensinaram palavras de sua língua. Para quem gosta de mitos de origem, esses encontros podem ser vistos como o momento de nascimento da antropologia norte-americana.
     Encorajados por Parker, Morgan e seus colegas fizeram visitas às reservas indígenas. Numa delas, em outubro de 1846, Morgan foi adotado como guerreiro Seneca do clã do Falcão, com a restrição de não poder acompanhar os rituais mais secretos. Pouco depois a Grande Ordem foi se dissolvendo, devido em grande parte ao fato de que seus "guerreiros" foram tendo que ganhar a vida e ocupar-se mais de outros negócios. Mas o interesse de Morgan continuou, e ele logo tornou-se inquestionavelmente o maior especialista americano nos Iroqueses, passando a escrever vários artigos.
Foi também o responsável por montar uma coleção de objetos indígenas para o New York Museum.
     Em 1851, Morgan consolidou o que aprendera sobre os Iroqueses em The League oftbe Ho-déno-sau-nee, orlroquois [A Liga dos Ho-dé-no-sau-nee, ou Iroqueses], O livro foi dedicado a Parker, apresentado como um "pesquisador associado". Morgan dizia que o objetivo do livro era "encorajar um sentimento mais bondoso em relação aos índios, baseado num conhecimento mais verdadeiro de suas instituições civis e domésticas, e de suas capacidades de futura elevação."3 Para dar maior credibilidade ao seu testemunho, Morgan invocava a autoridade de quem manteve "relações freqüentes" com os iroqueses e o fato de ter sido "adotado" por eles. Nos anos seguintes, Morgan fez fortuna como advogado de empresas de estradas de Homem Seneca ferro de mineração. 
     Morgan morreu no final de 1881, pouco após completar anos e ver publicado seu último livro, Houses and House-Life of tbe American Aborigines [Casas e vida doméstica dos aborígines americanos].

Fichamento  do texto:

- Sabemos que a humanidade existiu na Europa durante o período glacial, e até mesmo antes do seu começo, havendo toda a probabilidade de ter sido originada numa era geológica anterior;
- Como a provável extenção da carreira da humanidade está ligada a períodos geológicos, exclui-se, de antemão, qualquer medida limitada de tempo. A existência da humanidade estende-se pelo passado imensurável e se perde numa vasta e profunda antiguidade;
- A selvageria precedeu a barbárie em todas as tribos da humanidade, assim como se sabe que a barbárie precedeu a civilização;
-
De um lado temos as invenções e descobertas e de outro, as instituições sociais e civis. Essas quando organizadas e comparadas, tendem a mostrar a origem única da humanidade, a semelhança de desejos humanos em um mesmo estágio de avanço e a uniformidade das operações da mente humana em condições similares de spciedade;
- Toda sociedade passa por três períodos: o período da selvageria, o período da barbárie e o período da civilização;
- A humanidade começou sua carreira na base da escala e seguiu um caminho ascendente, desde a selvageria até a civilização. Essas três distintas condições estão ligadas umas as outras numa sequência de progresso;
- Os fatos indicam a formação gradual e o desenvolvimento subsequente de certas ideias, paixões e aspirações. Além das invenções e descobertas, essas ideias são a subsistência, governo, linguagem, família, religião, vida domestica e arquitetura e propriedade;

- Segue uma tabela que define as caracterpisticas de cada período:

I. Período inicial
de selvageria
Status inferior de
selvageria
Da infância da raça humana
até o começo do próximo
período.
II. Período
intermediário de
selvageria
Status
intermediário de
selvageria
Da aquisição de uma dieta
de subsistência à base de
peixes e de um
conhecimento do uso do
fogo até etc.
III. Período
final de
selvageria
Status superior
de selvageria
Da invenção do arco-eflecha
até etc.
IV. Período
inicial de barbárie
Status inferior de
barbárie
Da invenção da arte da
cerâmica até etc.
V. Período
intermediário de
barbárie
Status
intermediário de
barbárie
Da domesticação de animais
no hemisfério oriental e, no
ocidental, do cultivo irrigado
de milho e plantas, com o uso
de tijolos de adobe e pedras,
até etc.
VI. Período
final de barbárie
Status superior
de barbárie
Da invenção do processo de
fundir minério de ferro,
com o uso de ferramentas
de ferro, até etc.
VII. Status de
civilização
Status de
civilização
Da invenção do alfabeto
fonético, com o uso da
escrita, até o tempo
presente.

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